Brasil atinge marca de 2 gigawatts gerados por energia solar fotovoltaica
19 de Outubro de 2022
O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 2 gigawatts de potência instalada em energia solar, somando os sistemas de geração distribuída fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, áreas rurais e prédios públicos.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), estima-se que a matriz solar fotovoltaica represente cerca de 99,8% das instalações de geração distribuída do país, o que se traduz em um número de 171 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede e mais de 10 bilhões de reais em investimentos acumulados desde 2012.
Para a ABSOLAR, ainda que o país tenha evoluído na instalação de sistemas de geração de energia fotovoltaica nos últimos anos, o Brasil ainda está muito aquém se comparado com as principais economias do mundo, onde a participação deste tipo de energia é bem mais significativa.
A entidade reconhece que o Brasil, mesmo contando com um dos melhores índices de incidência solar do planeta, ainda está muito ultrapassado no que se refere ao mercado de mini e microgeração de energia por meio de painéis fotovoltaicos. Países como Austrália, China, EUA e Japão, por exemplo, já ultrapassam os 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados. Outros mercados, como Alemanha, Índia e Reino Unido já superam a marca de 1 milhão de instalações.
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, por sua vez, reconhece que, após os recentes movimentos positivos do Governo Federal e do Congresso sobre o desenvolvimento da geração distribuída a partir do sol, há grande perspectiva de crescimento da demanda no país. “As manifestações recentes do presidente Jair Bolsonaro e das principais lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, demonstram que há um consenso suprapartidário sobre a importância estratégica da energia solar fotovoltaica para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil”, afirma.
Os consumidores residenciais representam a maioria dos sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil (72,6%). Em seguida, estão as empresas de comércio e serviços (17,99%), os consumidores rurais (6,25%), as indústrias (2,68%), o poder público (0,43%), serviços públicos (0,04%) e iluminação pública (0,01%).
Em relação à distribuição das instalações pelo território nacional, os estados que se mais se destacam em capacidade de potência instalada são, em ordem decrescente, Minas Gerais (362,7 MW), Rio Grande do Sul (252,4 MW), São Paulo (229,5 MW), Paraná (205,6 MW) e Mato Grosso (132,9 MW).